O desafio de escrever
Escrever bem requer alguns cuidados,
mas como afirmou Luiz Fernando Veríssimo: "Escrever bem é escrever claro,
não necessariamente certo. Por exemplo: "escrever claro" não é certo
mas é claro, certo?"
Divina presunção
A linguagem é como
uma pele: com ela eu entro em contato com os outros. – Roland Barhes
Ao longo dos últimos anos, começou a
atormentar-me a ideia escrever ligando duas das minhas maiores paixões: cinema
e escrever. Minha atração por essa arte contagiante surgiu muito cedo. Tudo
começou quando com pouco mais de seis anos, em estado de êxtase, ajudava minha
‘Tia Geni’ a colar suas figurinhas em seu álbum ‘Astros da Sétima Arte’. A
paixão foi instantânea. Daí para devorar filmes nas matinês de domingo foi uma
questão de pouco tempo. Aos doze assisti ao filme que veria por mais de 50
vezes desde então: Ben-Hur. O cinema, portanto, sempre esteve ancorado e
firmemente influenciado pelas experiências da infância e juventude.
Algumas décadas depois, com o advento
do blog e o incentivo do meu filho Cacá e de minha sobrinha Ana Paula, a
tormenta só aumentou. E foi nesse momento que comecei a julgar-me capaz de
escrever sobre o invento dos Lumière. Dizem os mais sábios que a presunção
talvez seja uma das maiores inimigas dos vaidosos. O que leva a lembrar-me de
uma máxima, que acredito ser de Einstein, que diz: “Qual a primeira coisa que
deve fazer quem começa a filosofar? Rejeitar a presunção de saber. De fato, não
é possível começar a aprender aquilo que se presume saber.”
Que assim seja, sem muito blá, blá, blá, que o Senhor me ilumine
para executar da tarefea e proteja-me da minha insolência.